domingo, 2 de abril de 2017

336. El Gabinete Fotográfico del Hospital Conde de Ferreira.

Dedicaré esta entrada a dar noticia de una exposición en el Hospital Conde de Ferreira. Inaugurado en 1883 en la ciudad de Oporto, fue el primero en construirse con fines específicamente psiquiátricos en Portugal. La exposición lleva por título "El gabinete fotográfico del Hospital Conde de Ferreira. La representación de la enfermedad mental en la fotografía".

El hospital fue un establecimiento innovador, lo que atrajo a importantes alienistas en su época, dotándose del equipamiento diagnóstico y experimental acorde a las corrientes entonces imperantes. De esta manera, no podía faltar un gabinete fotográfico al estilo de los que entonces se pusieron de moda en los principales manicomios del mundo, creado cinco años después de la inauguración del hospital.

La muestra que ahora se presenta, entre el 24 de marzo y el 24 de abril de 2017, agrupa cerca de 90 negativos realizados alrededor de la década de los años 20, con un gran valor histórico y documental tanto del hospital como de la propia historia de la psiquiatría portuguesa.

Se puede ampliar la información en la página de la exposición, de la que copio directamente lo siguiente:

A representação da doença mental na fotografia. Foi inaugurada no dia 24 de março, no CHCF - Centro Hospitalar Conde de Ferreira, a Exposição Gabinete Fotográfico do Hospital Conde de Ferreira | A representação da doença mental na fotografia. Esta exposição insere-se nas comemorações do 134.º aniversário do CHCF e estará patente até ao dia 24 de abril.

O gabinete fotográfico do Hospital Conde de Ferreira foi criado entre 1888-1889, isto é, cinco anos após a inauguração do hospital (1883). Este era um recurso aceite e utilizado em hospitais psiquiátricos, dada a sua importância no estudo da patologia mental e que o Hospital do Conde de Ferreira, na senda da modernidade psiquiátrica de finais do século XIX, também implantou.

A amostra apresentada nesta exposição faz parte de um conjunto de cerca de 90 negativos, provavelmente produzidos na década de 1920, que têm extraordinário valor histórico e científico e permitem recuperar parte da história do hospital e da psiquiatria portuguesa.

António de Souza Magalhães Lemos, neuropsiquiatra e diretor do Hospital a partir de 1910 até meados da década de 1920, foi um dos que mais se interessou na aplicação prática da fotografia no estudo da doença mental. Magalhães Lemos mantinha uma relação estreita com o Hospital de La Salpêtrière, em Paris, e publicou artigos sobre casos clínicos em várias revistas, entre elas, na famosa Nouvelle Iconographie Photographique de La Salpêtrière. Um dos artigos destacados é o dedicado ao famoso gigante José Lopes, um caso de gigantismo, infantilismo e acromegalia, com imagens deste doente tiradas no gabinete fotográfico do hospital.

Por outro lado, a fotografia dos utentes também foi usada como medida de identificação: no momento da admissão os doentes eram fotografados e a fotografia era colada no processo clínico.

Na amostra de fotografias patentes nesta exposição aparecem, entre outros, casos de histeria, sinais neurológicos, quadros psiquiátricos identificados nos próprios negativos (melancolia ansiosa crónica) e outros não identificados, assim como quadros dermatológicos. Duas fotografias mostram actividades desenvolvidas no laboratório de anatomia patológica: um cadáver na mesa de autopsias e o cérebro de um doente antes de proceder ao exame anatomopatológico.

Desconhecemos quanto tempo permaneceu ativo o gabinete fotográfico, mas podemos concluir que continuou durante a década de 1930, como é visível no livro de Alberto Brochado sobre o coma insulínico, que conta com inúmeras fotografias tiradas no hospital.


Desafortunadamente no cuento con otras imágenes que las disponibles en su página, por lo que simplemente me permito tomarlas prestadas de la misma con objeto de dar una idea de lo prometedor de la exposición.



Pero, para acabar, incluyamos alguna otra imagen que no venga del socorrido copia y pega, y qué mejor para ello que las imágenes de António de Souza Magalhães Lemos referidas arriba, realizadas en el gabinete fotográfico del hospital y publicadas en la Nouvelle Iconographie de la Salpêtrière. Constatación gráfica de lo heterogéneos, en su cometido asistencial, que resultaban los hospitales psiquiátricos de la época.


Infantilisme et dégénerescence psychiche. Influence de l'hérédité neuro-pathologique.



Gigantisme, infantilisme et acromégalie.


Ahora, solo falta que quien tenga la oportunidad de acercarse allí... ¡la aproveche!



BIBLIOGRAFIA.




Magalhaes Lemos. Infantilisme et dégénerescence psychiche. Influence de l'hérédité neuro-pathologique. Nouvelle Iconographie de la Salpêtrière. París, 1906. p. 63-91.



Magalhaes Lemos. Gigantisme, infantilisme et acromégalie. Nouvelle Iconographie de la Salpêtrière. París, 1911. p. 1-38.








-----oOo-----


Descargo de responsabilidad: He utilizado las imágenes sin ánimo de lucro, con un objetivo de investigación y estudio, en el marco del principio de uso razonable - sin embargo, estoy dispuesto a retirarlas en caso de cualquier infracción de las leyes de copyright. Disclaimer: I have used the images in a non for profit, scholarly interest, under the fair use principle - however, I am willing to remove them if there is any infringement of copyright laws.

No hay comentarios: